domingo, 17 de junho de 2012

Ser bailarina é tocar o céu com as pontas dos pés, caminhar com as palmas das mãos nas nuvens, é ter o pé calejado da sapatilha, os dedos machucados da ponta. Ser bailarina é ter o corpo de mola, é planar no palco a cada salto, encantar a platéia com as piruetas, é desafiar os jurados. Ser bailarina é ter vocabulário e moda própria, contar todas as músicas a partir do 5, comer o que não pode e ter medo engordar. Ser bailarina é ter maquiagem brilhante, é trocar de roupa sem vergonha no camarim, é ter penteados extravagantes e figurinos deslumbrantes. Ser bailarina é desejar um segundo a mais na coreografia, é enfrentar o medo de um solo clássico, é chorar de alegria, de alívio, de decepção. Ser bailarina é levar a família inteira ao teatro, ouvir a música com a alma, dançar como se estivesse sozinha no quarto. Ser bailarina é ser muito mais que um ser humano comum, é ter um toque a mais de divindade em cada passo. Ser bailarina é buscar a perfeição a cada posição, é viver a vida amando a arte única de dançar como se fosse a primeira vez.

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